Esta
data, perdida no passado, esfumadas as reminiscências pelo fluxo das gerações
que se lhe seguiram, transformou-se numa folha seca, amarelecida pelos ares
frustrados da liberdade, com o nome esfarrapado de democracia.
Agora
vamos tapando buracos com areia, experimentando sensações, esborratando
cenários, acumulando promessas e continuando a esperar por melhores dias.
Entretanto,
os pobres permanecem pobres e os ricos gozando as suas riquezas, de
proveniência tantas vezes obscura.
Mas
Portugal é sereno e os cidadãos acomodatícios.
No
tempo dos imperadores romanos, dava-se ao povo, carne e divertimentos. Nós,
modernos e inovadores, temos gastronomia e arraiais.
O
resto é conversa.
O
resto… é isto que nos inspiram os que detêm as rédeas:
Somos
um país de esperança,
à
beira-mar implantado.
Quem
espera sempre alcança
mesmo
que seja logrado
Quem
espera, desespera,
também
lá diz o ditado.
Nisto
do “era, não era”
neste
quadro mal pintado.
Mesmo
assim, dê-nos conforto
o
juízo dos mentores,
de
riso e olhar sempre torto
como
se fossem maiores..
Nosso
destino é esperar,
brilhe
o sol ou sopre o vento,
que
o Zé sabe calibrar
as
asas do pensamento.
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